Chuvas torrenciais mataram pelo menos 115 pessoas no estado de Rivers, produtor de petróleo da Nigéria, de acordo com autoridades de emergência. A chuva intensa atingiu a cidade de Okrika, no sul da Nigéria, causando inundações e deslizamentos de terra que soterraram casas e arrastaram pessoas.
Equipas de resgate afirmam que mais corpos ainda estão a ser retirados dos escombros. As enchentes, que começaram no início desta semana, deixaram muitos moradores desabrigados e geraram pânico nas comunidades afetadas.
A Nigéria enfrenta frequentemente inundações sazonais, mas o planejamento urbano deficiente, os sistemas de drenagem bloqueados e as mudanças climáticas estão tornando os desastres mais frequentes e mortais. As autoridades agora exigem melhores infraestruturas e sistemas de alerta precoce.
As operações de resgate estão em andamento, mas o acesso às áreas remotas continua difícil devido às estradas danificadas e aos altos níveis de água.
Pelo menos 117 pessoas morreram e várias outras ainda estão desaparecidas, depois que fortes enchentes destruíram milhares de casas, no estado de Níger, na Nigéria, segundo autoridades de emergência da Nigéria.
Segundo a Reuters, foi, primeiro, anunciado 21 mortes, na quinta-feira, e só mais recentemente é que se chegou aos 117, uma subida bastante acentuada.
Nigéria é um país propenso a inundações durante a época chuvosa, que começa em Abril. Em 2022, a Nigéria sofreu sua pior onda de inundações em mais de uma década, que matou mais de 600 pessoas, deslocou cerca de 1,4 milhão e destruiu 440 mil hectares de terras agrícolas.
O incidente de inundação no estado de Níger ocorreu na quarta-feira à noite, e continuou até a manhã de quinta-feira.
Ex-ministro das Finanças e actual presidente do BADEA sucede a Akinwumi Adesina. Tomará posse a 1 de Setembro, num momento decisivo para o continente africano.
Com mais de três décadas de experiência em finanças internacionais e desenvolvimento africano, Sidi Ould Tah foi esta quarta-feira eleito presidente do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), durante os Encontros Anuais da instituição, realizados em Abidjan, na Costa do Marfim.
A eleição foi conduzida pelo Conselho de Governadores do Banco — composto por ministros das Finanças e governadores de bancos centrais dos 81 países membros — e exigia maioria qualificada entre votos regionais e não regionais. O resultado foi anunciado por Niale Kaba, ministra do Planeamento da Costa do Marfim e presidente do Conselho.
Cidadão da Mauritânia, Tah assumirá funções a 1 de Setembro de 2025, para um mandato de cinco anos, sucedendo ao nigeriano Akinwumi Adesina, que liderou o BAD durante a última década.
“Agora, vamos trabalhar. Estou pronto!”, afirmou o presidente eleito, logo após o anúncio da sua vitória. De acordo com um comunicado do BAD, Tah liderou desde 2015 o Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico em África (BADEA), onde conduziu uma transformação que quadruplicou o balanço da instituição e lhe garantiu uma notação de crédito AAA.
Antigo ministro da Economia e Finanças da Mauritânia, o novo presidente é reconhecido pela sua actuação em reformas económicas, resposta a crises e mobilização de financiamento para projectos em África. A sua eleição ocorre num momento de grandes desafios para o continente, com o agravamento das alterações climáticas, desigualdades persistentes e instabilidade geopolítica.
A corrida à presidência contou com mais quatro candidatos: Amadou Hott (Senegal), Samuel Maimbo (Zâmbia), Mahamat Abbas Tolli (Chade) e Bajabulile Swazi Tshabalala (África do Sul). A lista final foi aprovada em Fevereiro.
Criado em 1964, o Grupo Banco Africano de Desenvolvimento é composto pelo Banco Africano de Desenvolvimento, o Fundo Africano de Desenvolvimento e o Fundo Fiduciário da Nigéria. Conta com 81 membros — 54 africanos e 27 não regionais — e tem como missão promover o desenvolvimento económico sustentável e o progresso social no continente.
A eleição de Tah coincide com a celebração dos 60 anos do Grupo Banco, sob o lema “Usar o capital de África para potenciar o seu desenvolvimento”. Os encontros decorrem até 30 de Maio, reunindo chefes de Estado, decisores políticos, empresários e parceiros internacionais.
O Presidente da República, Daniel Chapo, manifestou total apoio à iniciativa “Moçambique Primeiro”, apresentada nesta quinta-feira por uma delegação do Conselho Cristão de Moçambique (CCM), liderada pelo seu presidente, o bispo Rodrigues Júlio Dambo. A proposta visa promover a união, a paz e o compromisso dos moçambicanos com o desenvolvimento do país, colocando os interesses nacionais acima de qualquer divergência.
Durante o encontro, o bispo Dambo explicou que a iniciativa tem como objetivo despertar o patriotismo e a responsabilidade, tanto individual quanto coletiva. “Esta iniciativa visa juntar todos os moçambicanos, unir-nos e olharmos para Moçambique primeiro. Que cada um de nós, governantes, partidos políticos e toda a sociedade, possamos fazer algo de bom para Moçambique”, afirmou o líder religioso.
Segundo o bispo, a proposta incentiva a prática diária de uma cidadania consciente e ativa. “Acordar de manhã e dizer: o que faço por Moçambique primeiro? Ao dormir, perguntar: o que fiz por Moçambique primeiro?”, reforçou, sublinhando que a mensagem central é a rejeição da violência e a valorização da paz como condição essencial para o progresso.
De acordo com Dambo, o Presidente da República acolheu com entusiasmo a proposta do CCM e demonstrou abertura ao espírito de reconciliação e coesão nacional. “Foi um encontro muito positivo. Sua Excelência, o Presidente da República, acolheu a iniciativa e deu todo o apoio necessário, porque Moçambique precisa reconciliar-se, reencontrar-se e precisa que todos nós caminhemos juntos”, declarou.
Durante a audiência, a delegação do Conselho Cristão de Moçambique reconheceu que, apesar das diferenças políticas e ideológicas serem naturais na história dos povos, os moçambicanos devem manter-se unidos. “As diferenças sempre existiram, mas nós, como moçambicanos, devemos estar unidos em prol de Moçambique primeiro”, frisou o bispo.
Rodrigues Júlio Dambo reconheceu ainda que o país enfrenta desafios históricos e complexos, mas defendeu que a superação desses obstáculos só é possível com coesão nacional. “Desde os primórdios da humanidade enfrentamos diferentes tipos de problemas, mas só os podemos ultrapassar se estivermos unidos”, afirmou, garantindo que a Igreja sai encorajada da audiência com o Chefe do Estado.
Antes da apresentação formal da proposta, a equipa do Conselho Cristão saudou o Presidente Daniel Chapo pela sua eleição, destacando que ainda não haviam tido oportunidade de felicitá-lo oficialmente. Elogiaram também a liderança que tem exercido, especialmente num momento desafiante para o país, considerando que esta tem contribuído significativamente para a harmonia nacional.
Os representantes do CCM incentivaram o Presidente da República a continuar a trilhar o caminho do diálogo e da reconciliação. E destacaram como um gesto de coragem o encontro com o então candidato Venâncio Mondlane, considerando-o um marco importante para o fortalecimento da unidade nacional. “Devemos felicitar também o encontro com o candidato Venâncio Mondlane, que foi um ato de coragem e que contribui realmente para a reconciliação dos moçambicanos”, afirmaram.
O Conselho Cristão reiterou o seu compromisso com a paz e a estabilidade, reafirmando o seu papel como parceiro do Estado na promoção do diálogo, da reconciliação e na construção de uma sociedade mais justa e solidária.
A Primeira-Dama da República de Moçambique, Gueta Chapo, lançou nesta quinta-feira, em Maputo, a Campanha Nacional de Cirurgias Ginecológicas. A iniciativa, liderada pelo Ministério da Saúde em parceria com o Gabinete da Primeira-Dama e diversas entidades, tem como objectivo melhorar o acesso das mulheres a cuidados ginecológicos especializados.
O evento teve lugar no Hospital Geral de Mavalane e destacou a necessidade de promover uma abordagem mais integrada e abrangente à saúde da mulher, com especial atenção a doenças como miomas uterinos, endometriose e quistos no ovário.
“É com enorme honra que hoje me dirijo a vós, nesta cerimónia de lançamento da Campanha de Cirurgias Ginecológicas, uma iniciativa de grande importância, liderada pelo Ministério da Saúde, em colaboração com o Gabinete da Primeira-Dama de Moçambique e entidades parceiras dedicadas à saúde da mulher”, declarou Gueta Selemane Chapo no seu discurso.
A Primeira-Dama citou dados internacionais segundo os quais cerca de 50% das mulheres entre 30 e 50 anos têm miomas, sendo mais frequentes por volta dos 40 anos. Muitas dessas mulheres enfrentam dores no baixo-ventre, sangramentos e dificuldades para engravidar. Apesar da escassez de dados nacionais, assinalou que, em Moçambique, as doenças ginecológicas representam uma das principais causas de procura de cuidados médicos por parte das mulheres.
“As condições como miomas uterinos, endometriose e quistos no ovário afetam não só a saúde física e mental, mas também o bem-estar emocional e social da mulher”, frisou, sublinhando o impacto dessas doenças na vida quotidiana das mulheres, bem como nas estruturas familiares e comunitárias.
A campanha visa, além de garantir o tratamento cirúrgico de várias condições ginecológicas, melhorar a integração entre os diferentes níveis de atenção à saúde, elevar a qualidade dos serviços prestados e aumentar a procura por cuidados especializados.
Num momento descontraído durante a cerimónia, a Primeira-Dama destacou a especificidade da saúde da mulher com uma nota de humor: “Porque só a mulher é que tem um útero, não é verdade? Uma salva de palmas para todos vocês”, arrancando aplausos da assistência.
Gueta Selemane Chapo agradeceu o apoio dos parceiros, com destaque para a empresa Kambeny, que doou três mil glucómetros e 45 mil fitas de testes. Esses materiais permitirão o rastreio da diabetes entre as utentes e ampliarão a abordagem preventiva da campanha. “Mais importante ainda é que estes materiais ficarão como recurso permanente nas nossas unidades sanitárias”, destacou.
Aos profissionais de saúde envolvidos, a Primeira-Dama expressou profunda gratidão: “Aos profissionais de saúde, médicos, enfermeiros e técnicos, agentes de limpeza e outros intervenientes, a nossa profunda gratidão pela entrega abnegada e dedicação no exercício da sua atividade.”
No encerramento do seu discurso, deixou um apelo às mulheres moçambicanas: “Vamos, todos nós, procurar o serviço de saúde e participarmos no rastreio. Vamos nos cuidar. A saúde ginecológica é um direito, não é um privilégio.”
Pessoas com transtornos mentais continuam a ser mantidas acorrentadas a pneus e árvores, como parte de um tratamento tradicional, no bairro Ndambine 2000, no município de Xai-Xai, província de Gaza. Em apenas um mês, o número de pacientes submetidos a esse tipo de prática aumentou de três para seis. A situação foi confirmada pelas autoridades do bairro, que alegam não ter meios para pôr fim à prática. A Polícia afirma desconhecer o caso, enquanto defensores dos direitos humanos acusam o sistema de justiça de “normalizar um crime”.
Há cerca de um mês, o jornal “O País” denunciou a violação flagrante dos direitos humanos em Xai-Xai, com três pessoas com problemas mentais acorrentadas sob pretexto de estarem em tratamento tradicional. Desde então, o número subiu para cinco, podendo o processo durar de três meses a mais de um ano.
“Num local que não tem quintal, não tem casa adequada para acolher pessoas. Dormem de qualquer maneira. São nossos pais, nossos filhos também que estão lá doentes. Deviam preparar um sítio adequado, se realmente têm o direito de tratar pessoas”, apelou Joaquim Cossa, chefe do bairro.
Jovens com idades entre 25 e 36 anos vivem acorrentados, em condições desumanas, sem higiene e sem alimentação apropriada. Confrontadas, as autoridades do bairro confirmam o caso.
“Sim, daquele jeito é desumano, porque como vê, essas pessoas estão sendo amarradas, não têm como”, disseram.
O secretário do bairro, Eugénio Zimba, lamenta a situação e afirma estar de mãos atadas. “Normalmente, se a autoridade superior a mim normaliza as coisas, eu, que sou inferior, não posso intervir sem que eles me digam algo”, concluiu.
A Polícia da República de Moçambique, em Gaza, reagiu ao ser confrontada sobre o assunto: “Denunciaram em que subunidade? Se é crime público, sim, mas levaram o caso às autoridades?”, questionou o porta-voz da PRM, Júlio Nhamussua.
O defensor dos direitos humanos, Carlos Mula, considera que o caso revela a normalização de uma prática criminosa por parte das instituições de justiça na província.
“Em particular, a Procuradoria e a Polícia. Na primeira denúncia publicada pelo jornal O País – que a Procuradoria recebe gratuitamente – já havia provas. A Polícia tem um posto local naquela área, que já devia ter atuado. Trata-se de cárcere privado e violação grave dos direitos humanos. São indivíduos inocentes, que estão a ser submetidos a sofrimento injustificado. A Polícia já devia ter responsabilizado o autor destes atos ou, pelo menos, promovido a sua consciencialização para abandonar essa prática”, afirmou.
Os moradores do bairro Ndambine 2000 exigem a resolução imediata de um problema que se arrasta há mais de 20 anos.
O Presidente da República, Daniel Chapo, manifestou total apoio à iniciativa “Moçambique Primeiro”, proposta nesta quinta-feira por uma delegação do Conselho Cristão de Moçambique (CCM), liderada pelo seu presidente, o bispo Rodrigues Júlio Dambo. A iniciativa visa promover a união, a paz e o compromisso dos moçambicanos com o desenvolvimento do país, colocando os interesses nacionais acima de quaisquer divergências
Durante o encontro, o bispo Dambo explicou que a proposta do CCM pretende despertar o patriotismo e a responsabilidade individual e colectiva. “Esta iniciativa visa juntar todos os moçambicanos, unir-nos e olharmos para Moçambique primeiro, e que cada um de nós, governantes, partidos políticos ou toda a sociedade possamos fazer algo de bem para Moçambique”, afirmou o líder religioso.
O bispo acrescentou que a iniciativa procura inspirar um exercício contínuo de cidadania consciente. “Acordar de manhã e dizer: o que faço por Moçambique primeiro. Ao dormir, perguntar: o que faço por Moçambique primeiro”, disse, sublinhando que a mensagem central da proposta é a rejeição da violência e a valorização da paz como condição indispensável para o progresso.
Segundo Dambo, o Presidente da República acolheu positivamente a proposta do CCM e demonstrou abertura ao espírito de reconciliação e coesão nacional. “Foi um encontro muito positivo, Sua Excelência Presidente da República acolheu a iniciativa e deu todo o apoio necessário, porque Moçambique precisa reconciliar-se, precisa reencontrar-se e precisa que todos nós caminhemos juntos”.
Na audiência, a delegação do Conselho Cristão de Moçambique destacou também que, embora as diferenças políticas e ideológicas façam parte da história dos povos, é fundamental que os moçambicanos se mantenham unidos. “As diferenças sempre existiram, mas nós, como moçambicanos, devemos estar unidos em prol de Moçambique primeiro”, reforçou o bispo. O presidente do Conselho Cristão de Moçambique reconheceu que o país enfrenta desafios históricos e complexos, mas sustentou que a superação exige coesão nacional. “Os problemas também são históricos. Desde a história da humanidade, temos atravessado diferentes tipos de problemas, mas para ultrapassarmos só podemos estar unidos”, afirmou, garantindo que a igreja sai encorajada da audiência com o Chefe do Estado.
Antes de apresentar a iniciativa, a equipa do Conselho Cristão saudou o Presidente Chapo pela sua eleição, destacando que ainda não tinham tido oportunidade de felicitá-lo oficialmente. Reconheceram que o estadista assumiu o cargo num momento desafiante e elogiaram a liderança que tem exercido, que, segundo os religiosos, têm contribuído para a harmonia nacional.
Os representantes do CCM encorajaram o Presidente da República a continuar no caminho do diálogo e da reconciliação, saudando, também, os encontros com o então candidato Venâncio Mondlane como um gesto de coragem e de grande significado político.
“Devemos felicitar, também, o encontro com o candidato Venâncio Mondlane, que foi um acto de coragem, e isto contribui realmente para a reconciliação dos moçambicanos.”
O Conselho Cristão reiterou ainda o seu compromisso com a paz e a estabilidade, reafirmando o seu papel como parceiro do Estado na promoção do diálogo, da reconciliação e da edificação de uma sociedade mais justa e solidária.
O Presidente da República, Daniel Chapo, concluiu, ontem, a visita de trabalho de três dias à província de Gaza, reforçando o seu compromisso com uma governança mais próxima da população. A agenda incluiu comícios, encontros com diversos sectores sociais, reuniões com órgãos locais do Estado e a entrega de infra-estruturas cruciais para o desenvolvimento agrícola.
Um dos pontos de destaque da visita foi o anúncio da suspensão temporária da cobrança de portagens em três vias da província,
Macia-Chókwè, Macia-Praia do Bilene e Chókwè-Macaretane, uma medida destinada a aliviar a carga sobre os cidadãos e priorizar investimentos mais viáveis.
A agenda de trabalho estendeu-se pela província, abrangendo a cidade de Xai-Xai, onde o Chefe do Estado presidiu a uma Sessão Ordinária do Conselho de Ministros e outra do Conselho Executivo Provincial, alargada a administradores distritais e presidentes de conselhos autárquicos. Essas reuniões foram cruciais para a coordenação governativa e para se inteirar do trabalho desenvolvido no terreno.
No distrito de Chókwè, considerada a capital económica de Gaza, Chapo dedicou tempo a encontrar-se com jovens, funcionários e agentes do Estado, agricultores e agentes económicos. O objectivo era claro: promover o diálogo a vários níveis e identificar as prioridades para acelerar o desenvolvimento local. “Ao escutar directamente a população, para além de comícios populares, temos feito também encontros com vários estratos sociais,” salientou o Presidente moçambicano.
Os desafios levantados pela população foram diversos, incluindo a necessidade de mais estradas, centros de saúde, medicamentos, enfermeiros e médicos. A construção de mais escolas, principalmente
salas de aula nos distritos, postos administrativos e localidades, foi também uma preocupação central.
A questão do abastecimento de água, especialmente na zona norte da província, como Chigubo, onde há problemas sérios devido ao nível freático, e a expansão da energia eléctrica, completaram o quadro das principais reivindicações.
Um dos momentos mais simbólicos da visita foi a entrega do Regadio 7 de Abril, no distrito de Guijá, um projecto considerado vital para o desenvolvimento agrícola da província.
Pouco mais de 400 alunos no distrito de Mossuril, em Nampula, enfrentam enormes desafios de condições para terem aulas de forma decente. Todos estudam ao relento por falta de salas de aulas. O projecto Moz Norte está a financiar a construção de infra-estruturas públicas em 8 distritos de Nampula que pode ajudar esses alunos a deixarem de estudar sentados no chão
É um cenário que pode não ser novo no país, mas é notícia o facto de ser uma escola inteira onde os alunos estudam sentados no chão, muitos deles ao relento. Uma situação que acontece no posto administrativo de Matibane, distrito de Mossuril, na província de Nampula, onde pouco mais de 400 alunos estudam sentados no chão.
O director da referida escola, Paulino Afonso, diz que a situação critica, uma vez que não tem apoio para a construção de salas de aulas ou mesmo para reabilitar o que já existe.
“Isto que estamos a fazer é o que nós temos, são as condições que nós temos. Doutro lado é o que nós conseguimos, então aquilo que não conseguimos não estamos em condições de fazer”, disse Paulino Afonso.
Em termos numéricos, Paulino Afonso diz que é um efectivo de 435 estudantes que sentam no chão, “porque é um número que dividimos em duas partes, uma vez que 50% estuda de manhã e outra parte de tarde, até porque estamos a trabalhar em dois turnos”.
Mas a questão das salas de aulas não é o único problema que a escola enfrenta. O director da escola fala de outro problema. “Nos ressentimos não só da falta salas de aulas, mas também do efectivo de professores”, reclama.
A escola tinha salas precárias que foram destruídas por dois ciclones que atingiram o distrito de Mossuril nos últimos anos. Neste momento a escola está a beneficiar de um apoio para construção de salas de aula no âmbito do projecto Moz Norte, financiado pelo Banco Mundial, que actua em 8 distritos de Nampula.
Felicidade Miocha, delegada do Fundo nacional do Desenvolvimento Sustentável, ao nível da província de Nampula, assegura que o projecto está a actuar na construção de infraestruturas de várias áreas.
“Na província de Nampula estão em curso agora cerca de 14 infraestruturas, entre centros de saúde, escolas e sistemas de abastecimento de água, basicamente”, assegura.
Em termos de orçamentos, Felicidade Miocha diz que “estamos a falar de cerca de 400 mil dólares em cada distrito”, que são desembolsados para a construção das referidas infraestruturas.
O posto administrativo de Lunga, ainda no distrito de Mossuril, terá um novo centro de saúde no âmbito do mesmo projecto. A zona procura reerguer-se depois da morte de 98 pessoas num naufrágio em Abril do ano passado.
O Administrador do distrito, Alfredo Machaieie diz que há desafios e dificuldades enfrentadas. “Tínhamos um empreiteiro a trabalhar na estrada de Naguema para cá e, infelizmente, por causa das chuvas, interrompeu os trabalhos. Igualmente estava sendo feito um trabalho de levantamento, um estudo para erguer uma ponte sobre o Monapo. Esse programa não parou, vai dar continuidade assim que as chuvas abrandarem. Inclusive o empreiteiro tem o equipamento no local e vai dar continuidade logo que pararem as chuvas”, assegura Alfredo Machaieie.
O Projecto de Resiliência Rural no Norte de Moçambique (MozNorte) foi planificado para 5 cinco anos (2021 – 2026) de implementação, que visa abordar os principais impulsionadores de fragilidade e conflitos, a fim de melhorar a resiliência das comunidades vulneráveis em paisagens seleccionadas do Norte de Moçambique.
É um projecto que tem como principal objectivo contribuir para a resiliência das comunidades através de acções como a promoção da inclusão de comunidades vulneráveis e dependentes de recursos naturais na tomada de decisões sobre a reabilitação de meios de subsistência; a promoção do acesso aos recursos naturais, infraestrutura básica e serviços; e a promoção de soluções sustentáveis de oportunidades de subsistência.
O Moz Norte é um projecto com duração de cinco anos de implementação, ou seja 2021 a 2026, orçado em 150 Milhões de dólares norte-americanos. Assim, o projecto termina em Julho do próximo ano.
Serão suspensas quatro e não três portagens na província de Gaza porque as tarifas cobradas não as tornam sustentáveis. A explicação é dada pela Rede Viária de Moçambique depois da decisão tomada pelo Governo.
Em menos de dois anos após a construção e entrada em funcionamento, quatro portagens serão suspensas a partir de meados de Junho próximo, na província de Gaza.
O motivo é a insustentabilidade que tem feito com que a concessionária Rede Viária de Moçambique acumule prejuízos, segundo explicou a instituição.
O porta-voz, Sérgio Nhancale, avançou em entrevista que existia uma expectativa de melhorias no fluxo de viaturas nas portagens, após a reabilitação das estradas, o que deveria, consequentemente, impulsionar a economia, mas tal não aconteceu.
“O que acontece é que estes investimentos que estavam na carteira do Governo acabaram não sendo realizados. As projecções incluíam o crescimento do tráfego, que é o elemento primário para a viabilidade do negócio. Portanto, aquilo que foi projectado não aconteceu”.
Outro problema é que as taxas cobradas estavam aquém das previstas no estudo de viabilidade, o que tornou a actividade de portagem não lucrativa.
“Nós reconhecemos quatro classes de viaturas…para as viaturas da classe 1, o modelo previa a cobrança de 150 meticais, no entanto, a taxa aprovada foi de 50 meticais… para a classe 4, que é para as viaturas pesadas, o modelo previa 1125 mas a taxa aprovada foi de 1000 meticais”.
Sobre o valor perdido com a construção das portagens e reabilitação das estradas, o porta-voz da Revimo explica que: “Há um trabalho que vai ser feito, que vai trabalhar na implementação, olhando para a situação da Revimo, da operação destas estradas e discutir os mecanismos de compensação. A suspensão é na ideia de que os troncos não são viáveis e o Governo vai tomar em princípio, a operação destas infraestruturas”.
Sobre as portagens destruídas, durante os protestos pós-eleitorais, em Maputo, o porta-voz da Revimo diz que as de Cumbeza e Mahubo continuam inoperacionais, prevendo-se que voltem a operar em Julho próximo.
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